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Lennart Goldmann |
Te ajoelha diante de mim. Estira tuas costas e desce teus ombros perante os dedos vermelhos pelos quais tanto sorriste e chora, mas chora com vontade. Chora alto porque quero poder ouvir teus soluços mesmo em meio aos gritos e sussurros dos próximos que virão, e que também colocarão seu peso sobre o meu e que também me farão juras nunca cumpridas; e que também serão expulsos, mas que nunca ocuparão teu espeço, tua cavidade, minhas obscuras cavernas.
(Mistura tuas lágrimas com meu suor. Mistura tuas lágrimas com as minhas.)
E assim, com o rosto molhado e os joelhos em carne-viva, enrola teus finos dedos sobre o salto do meu sapato e te ergue vagarosamente. Vai subindo aos poucos, aos pedaços , sobre as minhas lisas e negras meias de naylon, e quando sentir e renda que envolve minha coxa encostar na tua face, te envereda e te embebeda com a única dose que ainda posso te dar - do pouco do muito que ainda permanece vivo de ti em mim.
Hey ya!
ResponderExcluirMeu blog véio morreu... =(
Mas tô com um novo (e o bazarzinho linkado): http://danielboanova.blogspot.com/
bjs
PS: welcome back!
tá viva?
ResponderExcluirdizem que o ódio e o amor são comandados pela mesma parte do cérebro. teu texto me fez lembrar disso...
ResponderExcluire com o teu estilo bem claro...
seja bem-vinda
beijo
...de volta
ResponderExcluirDe volta.
ResponderExcluirCheia de palavras.
Mas nunca satisfeita.
É bom voltar.
Bj